LUA

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Florindo e Flora Beja - os mortos vivos

Quem passar pela Procuradoria Geral da República verá que junto à porta principal está instalado um casal, com armas e bagagens.

Pois bem, há 13 anos que este casal ali se planta todos os dias do ano, quer faça sol, chuva, frio, neve ou tempestade.

Florindo Beja precisou um dia de arranjar um documento e descobriu que estava morto e sepultado no Cemitério de Aljustrel desde 1964, através de documentos falsificados pelos seus irmãos. Um é Juiz Desembargador do Tribunal de Lisboa e outro é Notário, também em Lisboa. Pelo meio haveriam ainda de casar a viúva com outro homem e depois também a “mataram” e “sepultaram” em parte incerta.
Entretanto fizeram desaparecer uma filha que nunca saiu do mesmo sítio. Surreal!

Contou-me o Florindo que os irmãos se apropriaram dos seus bens, depois de terem falsificado uma montanha de documentos apensos a um ciclópico dossier. Vários destes documentos estão expostos num cartaz para que os passantes possam ler. De facto, eu vi a certidão de casamento com óbito averbado, como aliás todos os documentos comprometedores ali estão expostos para quem os queira ver e ler.

Manda o bom senso que não se deve tomar partido de quem quer que seja sem se conhecer a versão dos factos da parte contrária. Ora, como tal não foi possível, apenas me limito a relatar o que ali estão a fazer aquelas duas almas.
O que os ora visados pretendem, é que sejam considerados vivos e simultaneamente lhes sejam devolvidos os bens usurpados, mas …

Às vezes – há razões que a razão desconhece!

Nota de bloguista: a permanência de Florindo e Flora Beja, os mortos vivos, á porta da procuradoria geral da républica são a prova real de crimes cometidos por alguns juízes dos quais Marinho Pinto fala neste vídeo.